Em 2018, eu viajei para os Estados Unidos com o propósito de estudar inglês por um ano, mas eu ainda não tinha compreendido com tanta clareza que a minha paixão estava em explorar lugares novos. Eu já me sentia inquieto antes mesmo da pandemia de COVID-19 se iniciar, e notei que estava procurando saber cada vez mais sobre viagens.
Como comecei…
Comecei pesquisando sobre locais, preços e países, mas a minha maior surpresa ainda estaria por vir. Em um determinado momento me peguei pensando em quantas pessoas teriam visitado todos os países, e foi quando me deparei com a informação de que estima-se que somente 150 pessoas fizeram isso. Neste momento eu já estava espantado, mas para reforçar ainda mais este meu sentimento, eu descobri que nenhum desses viajantes era negro!
A virada de chave!
Determinei que eu seria o primeiro homem negro a visitar todos os países do mundo, e que eu faria isso com o objetivo de levar o empoderamento da comunidade negra Brasil afora. No entanto, para que o meu objetivo de inspirar outras pessoas negras surtisse efeito, eu precisaria documentar esta minha trajetória. Foi neste instante que eu vi a necessidade de transmitir e compartilhar a viagem através de uma conta no Instagram e do meu canal no YouTube, demonstrando que é possível um negro de família pobre alcançar fatos históricos. Além do mais, eu me considero uma pessoa com dificuldade para falar em público, então também quero encorajar aqueles que podem pensar que a timidez é um obstáculo.
Minha motivação.
O que mais me motiva a realizar esta jornada é pensar que eu posso mostrar para todas as pessoas a vivência de nós, negros, em cada país. Assim, criando uma conexão que se estende a tudo e a todos, isso é definitivamente um projeto que vai colaborar com a história da humanidade. Afinal, não é à toa que o projeto se chamará “O Nego Vai Longe”. Este nome tem forte vínculo com a história da Rosa Parks, que foi responsável por dar início ao primeiro movimento racial vitorioso em solo americano. Em homenagem a ela eu pretendo andar de ônibus nos 196 países, buscando reforçar que cor da pele não delimita fronteira!